ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS DA 5ª TEMPORADA DE LOST. SÓ LEIA SE JÁ TIVER VISTO ATÉ O EPISÓDIO 5×06 – “316”.
“- Isso é ridículo!
– Pare de pensar no que é ridículo, e pense no que você acredita. É por isso que se chama um salto de fé.”
“- Todos nos convencemos mais cedo ou mais tarde, Jack.”
“- Ele está falando a verdade?
– Provavelmente não.”
Lost é uma série que transita em vários níveis. Há o nível do enredo, com as aventuras, as viagens no tempo, as teorias mirabolantes. Há o nível das referências, com o joguinho dos fãs procurando pistas, citações, números malditos escondidos na tela como o Corujito no desenho da She-Ra. E há o nível dos personagens, desde sempre o mais interessante para mim. As primeiras temporadas, com os flashbacks, foram muito ricas nesse aspecto. Depois, a história acabou seguindo outros rumos, e andamos mais presos a tentar entender o que está acontecendo, e principalmente quando isso está acontecendo. Mas, em episódios como “316”, voltamos a lembrar porque Lost é Lost. E porque ela é muito mais do que uma série sobre um grupo de sobreviventes perdido no espaço – e no tempo.
Eu sempre defendi a tese de que a teia que envolve os personagens de Lost se apóia em meia dúzia de taglines, a maior parte delas títulos de episódios. Assim como os números malditos, assim como as estações da Dharma, também essas frases montam um quebra-cabeça, um “jogo do curinga” que, reunido e colocado em ordem, ajuda a explicar muito do que está acontecendo.