Boas notícias, pra variar

1 julho 2008

No ano passado, postei alguns textos sobre o caso dos dois boxeadores cubanos que conseguiram escapar durante os Jogos Panamericanos, e depois foram perseguidos pela polícia brasileira, que os entregou de volta aos seus carcereiros.

Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, os dois campeões cubanos, foram levados de volta à ilha-prisão, e mantidos sob vigilância estreita dos homens de Fidel. Mas agora nos chega uma notícia excelente: Erislandy Lara conseguiu fugir de Havana, escondido em um barco que o levou até o México. Dessa vez, não veio para o Brasil, ou algum outro país amigo de ditaduras. Lara foi direto para Hamburgo, na Alemanha, e apenas lá, já em segurança, divulgou sua história.

O jornal Estado de São Paulo publica uma entrevista com Lara. Muitos trechos são interessantes, mas a resposta do pugilista a uma pergunta em particular é um uppercut no queixo de muita gente. Uma resposta singela, simples, mas que diz muito sobre o que é Cuba, sobre o inferno em que vive o povo cubano. E nos enche de vergonha por saber que não apenas o governo brasileiro é aliado dessa gente, como também uma boa parte do nosso povo apóia o que acontece na ilha e considera Cuba um “paraíso” e Fidel Castro “um exemplo”.

Como você avalia a situação política de Cuba e a falta da democracia plena?”
“Democracia? Como assim?”

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